23 noviembre 2008

Obra: Palavras sobre tela. (Rascunho)

Estudo da palavração:

1) Desejo palavrar livre de formas e conteúdos. Para que as palavras não sofram as duras penas do caminho entre a minha cabeça e caneta (ou as teclas do laptop).

2) Não quero que o rascunho seja o antecessor e sim parte do conteúdo, e aqui ele pode aparecer pra dar sentido a forma, pois nesse caso a forma é o ppróprio conteúdo.

3) Sendo assim seguindo a liberdade não volto atrás pra apagar o P que me sobra. Não permitirei julgamento moral nem gramatical. Este último deve servir a mim, e não eu a ele.

4) Quero minha palavração sentida. Sem necessáriamente ter sentido.Quero poder lapidar meu texto como um artesão frente a um material bruto, e que dele me valham todas as ferramentas possíveis, sempre usadas a favor do sentido claro. Do que se sente.

5) E por último (mas não é o fim) decreto total liberdade as minhas palavras, para que elas voem leve como que de asadeltas, saltando do pensado ao papel! E nesse final me permito um ponto de exclamação pra expressar um pouco de emoção. E nesse caso se pode fazer uso da forma.

6) Pode-se inclusive não terminar e sim continuar, visto que a liberdade está em primeiro lugar, sem rimar. Pode-se dizer por exemplo que uma bola tem a forma quadrada, é só fazer uso do conteúdo adjetivo quadrado depois do conteúdo substantivo bola. Afinal tudo é relativo.

Pois escrever é um vício ou um hábito?
Escrever é um vício ou um hábito.

Um ponto ao final muda tudo, portanto vou deixar essa frase sem final, pra não gerar conclusões, vou pôr três pontinhos, pra dar a entender que eu continuo...