31 marzo 2009

Ângela nasceu!!!

almas sintonizadas, trocas, saudades, buscas, encontros,
encuentros, Clarice, Ângela, luz, cor, máquina de escrever,
imagens, amor, arte, fluidez, instinto...
Ângela surgiu, foi fecundada, esperada, falada,
imaginada, criada, recriada, inventada, reinventada,
gerada... veio de fora pra dentro e agora está outra vez fora.
Ela apenas existe...

29 marzo 2009

O Ulisses de Ângela


... queria por um dia poder ver o mundo pelos olhos de Ulisses, isso sim é que é ser grande!

não me apetecem os títulos grandes

cruzando linhas imaginárias
sem querer se publicar
não se apoiando no que é fugaz
defendendo-se da defesa
não querendo ser pagão
seguir
em frente
de vez em quando dando voltas como um nó
como um caranguejo que se desfarça de algo que está na lembrança mas não está nomeado
tentando fugir da explicação do porque se explicar
não querendo se confundir com quem não quer ser, e pensa que talvez já seja por isso sente medo
tento fugir de mim, pra não explicar o que sou
creendo que não deveria ser interesante a ninguém
ainda assim sigo tentando
a busca é próprio seguir
só não queria parecer tola
então sigo sendo como todo mundo
sigo sendo
como tudo
mudo

emudeço
pálida de alma serena
como diz a letra
tem dias que a gente se sente como quem partiu...

23 marzo 2009

La Duda!

era assim... tinha dias que simplesmente não sabia mas quem era, e onde estava, nada mas fazia sentido, mas tampoco era malo, se pasava bién con los hechos, sabia que tenia algo que aprender com tudo aquilo, mas por precaução falava no passado pra se defender, de que tampoco sabia. Supunha que de algo que se vê mal, mas que no fundo sabia que não era, ela acreditava no bem, e gostava da palavra suponer! e quando tudo estava assim, ela só seguia o curso do rio, escrevia pensando sobre quem leía... colocava reticências, vírgulas ou comas, ou queiram chamar. Le encantavam os nomes das coisas, pensava en él, y cómo él llegava derrepente! tão pronto! so soon!! le encantava perceber o que a vida sugere, quando por exemplo tentava escrever algo com acento circunflexo, e a tecla simplesmente fazia um til. hacía tiempo ella quisera hablar de algo que la molestara (tampoco sabia porque) pero sí la molestara! era um tal bêbado que escrevia sem acento ( o circunflexo) fazia tempo que queria corrigí-lo. Não sabia porque, porque queria corrigí-lo, porque não o corrigia. E porque só uma palavra pode transformar algo errado em certo, que poder era esse?? Bueno, ela era assim, le gustara la música, la poesia, sobretodo el teatro (como lo extrañava!), mas ás vezes pensava que era tão passado ser assim, se sentia cafona, queria gostar de algo mas original como pescar ou andar de patins, mas isso tampoco le sonava original. Ela era assim, ás vezes se colocava a escrever, e lembrava de como era bom, de como desejava não esquecer essa sensação nunca. Desejava também e sobretudo, não esquecer nunca de ser verdadeira, ela mesma, ao que sentia e ao que odiava. Ela era dessas que podia falar a palavra ódio sem culpa, porque uma vez aprendeu com sua mãe. Ela era assim queria falar de dúvidas só para que isso fizesse sentido com o título do texto. Ela era assim, não se sentia original quando procurava sentido pras suas coisas, mas tampouco queria ser alguém original. Ela só queria ser ela, y ya está!

11 marzo 2009

sem título

Ângela é o meu agora
Ela me justifica, é o meu depois
É pé pisando descalço na areia
fria e seca de inverno,
com sabor de verão
É a última mordida do hambúrguer
É enxergar o céu, é acreditar
Ângela é dar sentido ao que não tem
É voar dormindo ouvindo Marisa Monte
Ângela é meu segredo,
aquele que não contei nem prá mim
Ângela é tentativa de ser inteira
É conseguir chegar, é atender o telefone a tempo
É ver o mar, e respirar
Ângela sou eu até onde eu sei de mim
Ângela é colo de mãe na fria madrugada
É amor de pai, é ser amada!