dessas que saltam como um alçapão, direto do coração
não se sabe se de saudade, remorço amor felicidade
é só isso, elas vêm e inundam a cabeça de idéias
e Alice se foga
num turbilhão de sentimentos
ela preferia às vezes ser dessas pessoas que não choram
dessas secas
ou pelo menos das que fingem ser, porque afinal ela não crê que isso exista de verdade...
isso! esse tipo de gente, seca, que não chora!
mas a vida vem e muda tudo derrepente e o texto fica assim incompleto
a espera da mãe que voltará da rua com o cão e a solução
sim! porque essa sim! sempre tem a solução e daquelas boas que seca lágrimas!
E uma pausa, pra ver se surge mais alguma coisa interessante... sempre surge!
Há de surgir,
longa espera, e enquanto ela não volta o texto cresce, as palavras brotam, livres como as lágrimas que já secaram
Enquanto isso ouve-se o som, o ruído desperto do seu cantinho no mundo... não o melhor, mas o seu, e portanto o melhor
talvez agora surja! Ou foi só o ruído confuso da tecnologia, a mesma que aproxima e separa. Que facilita e piora
longa espera, muitas palavras, larga escala, sons, acalentadores ensurdecedores!
talvez o texto fique grande demais... é preciso uma pausa pra controlar o fluxo
(pausa)
eis que surgiu
e a conversa continuou
o coração calentou (como era de custume em conversas assim)
o pai chegou o cão bocejou
e tudo continuou como antes no quartel de abrantes...
assim é!