27 diciembre 2008

a espera

e quando menos se espera vem as lágrimas

dessas que saltam como um alçapão, direto do coração

não se sabe se de saudade, remorço amor felicidade

é só isso, elas vêm e inundam a cabeça de idéias

e Alice se foga

num turbilhão de sentimentos

ela preferia às vezes ser dessas pessoas que não choram

dessas secas

ou pelo menos das que fingem ser, porque afinal ela não crê que isso exista de verdade...

isso! esse tipo de gente, seca, que não chora!

mas a vida vem e muda tudo derrepente e o texto fica assim incompleto

a espera da mãe que voltará da rua com o cão e a solução

sim! porque essa sim! sempre tem a solução e daquelas boas que seca lágrimas!

E uma pausa, pra ver se surge mais alguma coisa interessante... sempre surge!

Há de surgir,

longa espera, e enquanto ela não volta o texto cresce, as palavras brotam, livres como as lágrimas que já secaram

Enquanto isso ouve-se o som, o ruído desperto do seu cantinho no mundo... não o melhor, mas o seu, e portanto o melhor

talvez agora surja! Ou foi só o ruído confuso da tecnologia, a mesma que aproxima e separa. Que facilita e piora

longa espera, muitas palavras, larga escala, sons, acalentadores ensurdecedores!

talvez o texto fique grande demais... é preciso uma pausa pra controlar o fluxo



(pausa)


eis que surgiu

e a conversa continuou

o coração calentou (como era de custume em conversas assim)

o pai chegou o cão bocejou

e tudo continuou como antes no quartel de abrantes...

assim é!

25 diciembre 2008

cores leves de circo

neste natal ela só conseguiu amar
amou tanto que nasceu
nasceu pra vida
pros que amava
pros que estava começando a amar
pros que estava reamando
nasceu pros sentidos
pros sons armoniosos ou não
pras cores leves e lindas do circo

nasceu amou viveu...

21 diciembre 2008

nós

desata esse nós
deixe de ser nós
nós temos que ser eu
temo que seja só eu
então nós vamos ser eu
meu eu e o teu
nós

DOMINÓLOGO

Todos os dias os dois faziam a mesma coisa,
acordavam e viviam o dia,

imbuídos de que aquele seria o último.

ate que o líder - mesmo sem ser explanadamente reconhecido como tal. todos sabiam, mas ninguém tinha coragem de reconhece-lo - cutucou os bolsos e achou algo que poderia salvar a noite; sálvia. mas não tinha papel. todos se olharam, ate que o gordinho do fundo - aquele que andava com a galera porque era amigo de infância de tal líder. isso quando ainda não era gordinho do fundo - cutucou seu próprio bolso e , achando que ia passar vergonha e mais uma vez ser zuada por seu comentário impertinente, catou um pedacinho de papel de presente.

apertaram. foi a onda.

a onda do mar azul, tranquila, quente e feliz.

Rimando com o último crepúsculo em Madrid....daí se fizeram as risadas

e continua...

Em homenagem à http://ameninasemseculo.blogspot.com/ e http://hildebranda.blogspot.com/ criadoras do Dominólogo! Pessoas plenas (na minha vida)!

17 diciembre 2008

Ya es Navidad

o tempo passa rápido
ontem estava se despedindo e chorando
agora já é natal

natal diferente esse
sem família e com amigos
alguns novos
outros reinventados

sem família e com amigo
secreto

sem montar a árvore com a mãe
com árbol de naVinodad
mas sempre com luz
mesmo que lucecitas

natal com strogonof e sorvete
onde foram parar as rabanadas da vovó?
e as castanhas do vovô??
(estas estão espalhadas por las calles, e fazem a todo tempo lembrar)

e por mais que fale
grite
chore
a saudade resta
nunca seca

mas a vela tá acesa
e fé no coração
é natal de nascer
renascer
pro novo que não para de chegar

e que venha!

feliz renascimento!

13 diciembre 2008

Teatrando!

todo o caminho é gostoso
curtido
desde a bilheteria
até as palmas de pé
é um jogo de amor
uma troca de compreensões
sentimento de completude
palavras
que soam como música
palco platéia coxia boca de cena ato deixa verdade corpo voz pausa respiração sensação técnica música
luzes coloridas lágrimas sorrisos gargalhadas entrega paixão vida
teatro


11 diciembre 2008

historieta pra boi dormir

hoje eu vou escrever sobre tudo
que vier
não quero opinar nem julgar
quero seguir a inpiração
falar na primeira pessoa
lembrar
sentir
fugir
quero escrever leve
encantada
da maneira como me soa

parte II

cena de bar

homem: posso sentar?

mulher: preferia que não perguntasse, toma uma atitude sozinho... num deixa tudo na minha mão, hoje não quero opinar. Então vai ser assim, se você quer sentar, escolhe você... hoje eu só sigo o instinto... vivo do que pintar. Quero pertencer a vida, sem que ela me perceba.


outra parte

ela era assim, tinha dia que escrevia sobre nada pra tentar dizer tudo, queria seguir o que viesse, seguir a vida sem ser notada. leve.
e amava acima de tudo, vivia...

10 diciembre 2008

09 diciembre 2008

Críticos!

Teatro: Barbara Heliodora critica peça com texto de Domingos de Oliveira
Publicada em 04/12/2008 às 12h19mBarbara Heliodora


RIO - Não é fácil escrever alguma coisa lúcida a respeito de um espetáculo mais ou menos incompreensível, no qual ficam misturados a sci-fi dos tempos do Flash Gordon, em versão para crianças, trechos ufológicos, de pseudociência e messiânicos, onde logo depois de ser proclamada a não-existência de Deus, deuses são invocados com considerável freqüência.
O texto de Domingos Oliveira, com o pomposo título de "Sombras coloridas do planeta de luz eterna", que ele afirma ter por base textos clássicos de ficção científica, não consegue realmente engendrar alguma idéia nova ou significativa, com episódios confusos em si e incapazes de formar um todo válido.
Há muitas viagens intergaláticas, supostas civilizações antes desconhecidas e todo esse tipo de lugar-comum do gênero, mas realmente nada parece justificado.
A encenação é simples (ou pobre), calcada apenas na iluminação de Cadu Fávero, que é pouco inspirada e muito modesta, com figurinos simples (a maioria uniformes), e uma trilha de Domingos Oliveira e Lincoln Vargas, que mistura o minimalismo com Beethoven e Strauss.
A direção é de Lincoln Vargas, com marcas que lembram ordem unida e/ou movimentos robóticos, com alto percentual das falas gritadas e todo o elenco com a mesma entonação e o mesmo ritmo, o que resulta bastante monótono. Mas o pior é que, com o texto incapaz de criar qualquer noção de descoberta ou objetivo idealizado a ser buscado, as interpretações também ficam limitadas.
O elenco e sua distribuição são o bastante para ilustrar a confusão em que o texto nos afunda: Amima Luniz = Alma do Poço; Bia Junqueira = Miss Stanley (cientista de Júpiter); Cacau Berredo = Jesuíta; Daniel Calmon = Impulso; Miguel Oniga = Fred Fowler (cientista de Júpiter); Marcelo Cavalcanti = Cachorro, Falante; Marcio Mariani = Narrador de Marte; Marcelo Dias = Narrador de Júpiter; Mariana Costa Pinto = cena de casal; Ricardo Monteiro = Capitão Marte, Parede; Daniel Gawas = Paredes; Yuri Carroso = Paredes; Marcela Figueira = Alimentador; Fernando Melvin = Motor; Jorge Neves = stand in, participou da cena no escuro. Fica difícil juntar tal elenco em algo mais interessante, pois todos são reduzidos a figuras mais ou menos iguais (a não ser os cientistas, caricaturados de HQs).
Infelizmente, o Teatro do Jockey abriga um espetáculo que não chega a ter sentido ou a apresentar qualquer atrativo.

“Crítico é a pessoa que se meteu entre o artista e o público, sem que nenhum dos dois tenha convidado.”

08 diciembre 2008

Imensidão branca

doce despertar
estações de trem
trens
branco
arrepios
frios
brancos
bancos
crianças
ser criança
de novo
novo
tudo novo
neva
neve
nieve
blanca
branquinha
fofinha
chocolate
galochas floridas
frio
branco
quentinho
boneco de neve
muñeco de nieve
fotos
arco-íris
sol
chuva
casamento de viúva
pais mães filhos
crianças
ser criança
branco
brinco
brincadeira
saudades
frio
neve
branca
fofa
dia feliz!

03 diciembre 2008

Feliz aniversário, Vô!!!

ele é forte e tem uma capacidade linda de chorar,
ele é valente mas prefere não tomar injeção,
tem uma inteligência inerente aos sábios,
é amigo da galera não importa a idade,
usa sapatos de duas cores e blusa de linho,
é o grande patriarca da melhor família do mundo,
esse é o famoso Seu Carlão! Meu avô!
O melhor do mundo!!!

Feliz aniversário Vô! Te amo muito!!!

bonequinha de pano

nunca fui do tipo que teve bonequinhas de pano, sempre gostei de colecionar amigas... e uma delas certa vez se nomeou assim pra mim... no dia confesso que foi engraçado mas hoje pensando bem, é assim mesmo que eu a vejo... ela é leve e colorida como uma bonequinha de pano... e se eu pudesse eu carregava comigo pra onde eu fosse afinal a companhia dela é sempre gostosa... agora ela tá longe, mas só em distância, porque onde quer que eu vá carrego minha bonequinha de pano no coração, cuidando e amando... e ela também está sempre me alegrando!


amo muito!

01 diciembre 2008

combinação...


... havia copiado e colado uma lua enjaulada de um filme que assistira
porém a imagem se perdeu e derrepente se deu conta
de que hoje combinara mais com um pássaro livre (de verdade) pra voar ...