a assassina de borboletas sou eu
nós duas somos uma e tantas outras
uma que não tem medo em dizer que assassinava borboletas
e que fazia isso, friamente, usando apenas dois dedos
e outra que nem sabe se isso é algo do qual alguém possa mesmo sentir medo
o medo que tenho agora, é o de não sentir
sentir que foi tudo em vão
que você passou e eu fiquei aqui
que eu fui e te deixei
te separei de mim, como talvez sempre fiz antes
ou ainda que seja a primeira vez, se for
deve ser a última,
não quero mais isso,
não quero mais ser essa,
essa parte do todo que me faz parte,
de agora em diante, quero só as outras partes,
do todo que eu faço parte.
2 comentarios:
ok!
carta recebida
lida e relida
será sempre que precisar!
Eu acho algo maravilhoso deixar as borboletas assim, voando como nossa imaginação voa, vivendo como os humanos vivem, buscando como os artistas buscam, encontrando a razão que a vida almeja.
É mais maravilhoso ainda poder contruibir com algo que considero puramente arte.
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